Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQ) e Terras Indígenas (Tis) permanecem como os territórios mais preservados do Brasil. Os desmatamentos em TIs representaram 1,4% da área total desmatada no Brasil em 2022 e 4,5% do total de alertas validados no período, segundo dados do mais recente Relatório Anual do Desmatamento (RAD) no Brasil. A maior parte dos alertas (91%) e da área desmatada em TIs (26.598 ha) se encontra no bioma Amazônia. Pelo segundo ano consecutivo, a maior área desmatada em TI ocorreu na TI Apyterewa (PA), com 10.525 ha desmatados em 594 eventos de desmatamento.
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Já os desmatamentos que se sobrepõem às CRQs representaram 0,05% da área total desmatada no Brasil em 2022. Do total de 456 CRQs certificadas, apenas 62 (26,1%) tiveram pelo menos um alerta de desmatamento detectado e validado em 2022 com pelo menos 0,3 ha. A CRQ com maior área desmatada foi Kalunga (GO), onde 258 ha de vegetação nativa foram suprimidos – parte dentro da Área de Proteção Ambiental Pouso Alto, no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
A partir do cruzamento da área desmatada com o mapa de cobertura e uso da terra do MapBiomas, observa-se que em 2022 houve o predomínio de desmatamento na formação florestal (64,9%) e na formação savânica (31,3%), sendo o restante predominantemente sobre formação campestre (3,6%).
Agropecuária continua sendo o principal vetor de desmatamento
A agropecuária respondeu por 1.969.095 ha, ou 95,7% do total de 2.057.250 ha desmatados no Brasil em 2022, consolidando-se como o principal vetor de supressão de vegetação nativa. Para efeito de comparação, o garimpo respondeu por 5.965 ha e outras atividades de mineração por 1.128 ha.
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