O MapBiomas Alerta não se trata de um novo sistema de alertas, mas sim um esforço para potencializar a usabilidade e eficácia dos alertas gerados por sistemas já existentes. A iniciativa MapBiomas Alerta disponibiliza, em uma plataforma pública e gratuita, os alertas de perda de vegetação nativa provenientes de diversas fontes de detecção, como DETER/INPE, SADs, GLAD/GFW, etc. Tais alertas são verificados, validados e espacialmente cruzados a dados territoriais e governamentais (SICAR/SFB, SIGEF/INCRA, embargos/IBAMA, UCs/ICMBio, etc.). Detalhes sobre a metodologia de validação e publicação dos alertas estão disponíveis neste link: https://alerta.mapbiomas.org/metodo-mapbiomas-alerta/  

Em geral, os sistemas existentes identificam os alertas a partir da análise automática em larga escala de imagens de satélite de média resolução (10 a 80 m de resolução). Essas imagens têm frequência de revisita semanal ou quinzenal e permitem identificar os alertas de desmatamento, mas sem muitas opções para análise no nível de propriedades rurais, tendo em vista a resolução espacial e a baixa frequência de aquisição das imagens. 

No MapBiomas Alerta, os alertas de desmatamento produzidos pelas diversas iniciativas de monitoramento são reunidos, validados e refinados a partir de  imagens diárias com 3,7 m de resolução. Cada alerta é avaliado por analistas treinados, os quais escolhem imagens de alta resolução de antes e de depois do desmatamento, produzindo efeito semelhante à foto da placa do veículo em autos de infração de trânsito.

Sim. Todos os alertas processados e publicados pelo MapBiomas Alerta passam por rigoroso processo de verificação. São três etapas: pré-validação, validação e auditoria.

• Pré-Validação – inclui duas etapas. A primeira é feita de forma automatizada eliminando todos os alertas que se sobrepõem com áreas de reflorestamento e agricultura presentes nos mapas anuais do MapBiomas ou que já tenham sido detectados nos levantamentos anteriores. Após este processo, os alertas mantidos são avaliados visualmente com o suporte dos mosaicos mensais de alta resolução Planet (imagens com 3 m de resolução) e é feita a seleção nas imagens diárias do melhor par de imagens de satélite disponíveis para representar o momento anterior e posterior ao desmatamento. Nesse momento, ocorre o descarte da fração de alertas que correspondem a casos de falsos positivos, com o registro correspondente do motivo da rejeição (silvicultura, agricultura, sazonalidade, etc.). 
• Validação – a validação é realizada no momento de coleta de amostras para classificação e refinamento do polígono desmatado nas imagens de alta resolução. O técnico pode descartar casos de falsos positivos, com o registro correspondente do motivo da rejeição (silvicultura, agricultura, sazonalidade, etc.)..   
• Auditoria – cada alerta refinado passa por um processo de auditoria feito por um supervisor técnico de cada bioma. Nesta etapa, avalia-se a eventual necessidade de refazer algum ajuste antes da publicação final dos alertas refinados.

Detalhes sobre a metodologia de validação e publicação dos alertas estão disponíveis neste link: https://alerta.mapbiomas.org/metodo-mapbiomas-alerta/

São utilizadas imagens diárias com 3,7 m de resolução e aquisição diária, oriundas da constelação PlanetScope com  200+ microssatélites.

São realizadas operações que suavizam o perímetro e evitam o excesso de vértices/cantos. Durante a etapa de refinamento do polígono, é aplicado um processo de generalização que pode ocasionar uma variação de até 5% (para mais ou para menos) na área final.

A fase operacional busca avaliar todos os alertas de desmatamento detectados no país a partir de janeiro de 2019. Os alertas anteriores a esse período (outubro a dezembro de 2018) representam a fase pré-operacional com uma amostra dos alertas do período, e não aparecem nas estatísticas e no mapa (apenas continuam no banco de dados da plataforma para consulta por meio dos seus respectivos códigos do alerta). A data de detecção é aquela em que o alerta foi gerado pelos provedores (ex. DETER, SAD, GLAD) e não necessariamente representa o momento em que o desmatamento ocorreu. Desmatamentos detectados em 2019, por exemplo, podem ter se iniciado ou ter acontecido em 2018. Os dados do ano corrente são sempre parciais, sujeitos a alteração, devido ao tempo de processamento e publicação dos alertas. Acompanhe o andamento de processamento e publicação dos alertas aqui: https://plataforma.alerta.mapbiomas.org/alert_by_status

Os alertas validados são publicados semanalmente na plataforma MapBiomas Alerta, geralmente a cada terça-feira.

Vetores de pressão são as prováveis atividades econômicas ou de expansão urbana que levaram ao desmatamento. Desde 2021, o processo de validação inclui na análise quais são os vetores de pressão, como agropecuária, garimpo, mineração, expansão urbana, eventos climáticos extremos, e outros.

O Laudo do alerta é um documento gerado de forma automatizada na plataforma do MapBiomas Alerta e agrega informações técnicas sobre o alerta, permitindo análise direta e rápida sobre a localização, as datas prováveis do desmatamento e cruzamentos territoriais/fundiários relevantes, como imóveis rurais (limites do Cadastro Ambiental Rural – CAR) e áreas protegidas, entre outros. Este documento serve para agilizar e facilitar a análise e tomada de decisão por parte dos usuários da plataforma MapBiomas Alerta. Ao cruzar com um imóvel do CAR, é possível gerar laudos específicos do cruzamento com o alerta e as imagens em alta resolução de antes e depois do desmatamento, seguido por informações complementares, como: 

• sobreposição do alerta de desmatamento com áreas protegidas (Unidades de Conservação e Territórios Indígenas), assentamentos, APP (Área de Preservação Permanente),RL (Reserva Legal), nascentes, etc;
• sobreposição do alerta com áreas de Autorização de Supressão da Vegetação Nativa, Embargos e Plano de Manejo Florestal;
• histórico do uso e cobertura da terra no MapBiomas dos últimos anos;
• metodologia;
• fonte de dados.

O MapBiomas Alerta disponibiliza somente o código dos imóveis rurais cadastrados no SICAR e/ou nas bases do INCRA. Seguindo os dispositivos da Lei Geral de Proteção de Dados, Lei n.º 13.709/2018, os dados dos titulares dos imóveis cadastrados no CAR, como nome e CPF/CNPJ, não são disponibilizados na plataforma do MapBiomas Alerta e não estão disponíveis ao público no SICAR (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural).

O MapBiomas Alerta publica toda e qualquer perda de vegetação nativa detectada pelos sistemas provedores de alertas e validada em imagens de satélite de alta resolução. O MapBiomas não realiza julgamento sobre legalidade, regularidade, responsabilidade e/ou restrição acerca dos alertas de desmatamento validados e publicados nesta plataforma. Essa avaliação é de exclusiva competência dos órgãos públicos e/ou das instituições privadas e financeiras que podem acessar livremente os dados disponibilizados pelo MapBiomas Alerta.

 O MapBiomas não se responsabiliza pelas decisões tomadas por esses órgãos e instituições com base nos alertas publicados, pois estes contêm dados objetivos e concretos sobre a existência de desmatamento (perda de vegetação nativa).

Todo o material é gratuito e aberto, está disponível no site https://plataforma.alerta.mapbiomas.org/

Sim. A plataforma permite o acesso aos alertas e laudos de diversas formas. É possível baixar os alertas como (i) arquivo Shapefile (.shp); (ii) os dados consolidados por ano, com informações do CAR, por uma planilha EXCEL; (iii) os laudos estão disponíveis em arquivos PDF; (iv) existe um plugin que acessa os alertas no QGIS; (v) e está disponível uma API pública que permite o acesso aos alertas, imagens e atributos, como um (serviço aberto para usuários cadastrados. Faça o seu cadastro aqui:

 https://plataforma.alerta.mapbiomas.org/sign-in ). 

O contato pode ser efetuado através do e-mail: suporte.alerta@mapbiomas.org.

Os dados do MapBiomas são públicos, abertos e gratuitos sob licença Creative Commons CC-BY-SA e mediante a referência da fonte observando o seguinte formato:

“Projeto MapBiomas Alerta – Sistema de Validação e Refinamento de Alertas de Desmatamento com Imagens de Alta Resolução: [LINK] acessado em [data]”

A ocorrência de fogo ou queimada é um motivo de descarte se nas imagens mais recentes a área estiver em processo de recuperação.  Caso a vegetação seja removida após o fogo, o alerta é mantido na plataforma como perda de vegetação nativa.

Não, os alertas publicados na plataforma MapBiomas Alerta ficam públicos e disponíveis sem data de expiração.